Deus é quem chama; se Ele chama temos
que escutá-lo de alguma maneira. Como? Onde? “O homem anda à procura de Deus.
Pela criação, Deus chama todos os seres do nada à existência”. “Mas é Deus que
primeiro chama o homem”. “À medida que Deus Se revela e revela o homem a si
mesmo, a oração surge como um apelo recíproco, um drama de aliança”. É na
oração onde nós encontramos o Deus que nos procura num apelo mútuo. Por um lado,
fomos criados para amar e buscamos a melhor maneira de saciar este desejo. Por
outro lado, Deus quer nos saciar e espera que nós vamos até Ele na Eucaristia,
nas orações organizadas na paróquia, num grupo de oração e, sobretudo no nosso
dia-a-dia quando na nossa consciência, o recanto mais profundo da nossa
intimidade, escutamos aquela voz: “Onde estás?” e onde respondemos: «Eis que
venho, [...] ó Deus, para fazer a tua vontade.
“O desejo de Deus é um sentimento
inscrito no coração do homem, porque o homem foi
criado por Deus e para Deus.
Deus não cessa de atrair o homem para Si e só em Deus é que o homem encontra a
verdade e a felicidade que procura sem descanso” (Catecismo da Igreja Católica,
27). Verificamos que a vocação à qual Deus nos chama desde o momento da nossa
concepção até a nossa morte é precisamente o encontro com a verdade e possessão
da felicidade: Deus. Amar é a vocação de todos os homens desde o primeiro
momento da criação (cf. At 17, 26-28). “Esse é o meu mandamento: que ameis uns
aos outros assim como eu vos tenho amado” (cf. Jo 15, 12). Esse mandato também
faz parte do nosso chamado: amar os homens, nossos irmãos em Cristo, como Deus
os tem amado. Agora podemos resumir o significado da realidade que a palavra
vocação expressa: amar Deus e os homens, encontrar a verdade e ser felizes.
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