A campanha missionária é celebrada, todos os anos, no mês
de outubro e nela se destaca o Dia Mundial das Missões. É uma
jornada de fé, a festa da catolicidade e da solidariedade em favor
da missão universal da Igreja.
Os cristãos são chamados a repensar a sua vocação
à mundialidade e sua co-responsabilidade na evangelização
no mundo inteiro. O dia mundial iniciou-se com Pio XI, o papa que deu um grande
impulso à missionariedade da Igreja além-fronteira; o primeiro
a nomear um bispo indígena, ao qual seguiu uma série de bispos
locais que deram um vulto verdadeiramente universal à Igreja católica.
Em 1922, no mesmo ano de sua eleição, Pio XI, ao celebrar o
centenário da fundação da Obra Missionária da
Propagação da Fé, declarou a pontifícia junto
com a Infância Missionária e a de São Pedro Apóstolo,
confirmado-as como instrumento principal e oficial da cooperação
missionária de
toda a Igreja católica.
No mesmo ano, fez um gesto surpreendente que revelará seu interesse
pelas missões. No dia de Pentecostes, interrompeu a homilia e, em meio
a um impressionante silêncio, tomou seu solidéu e o fez passar
entre a multidão de bispos, padres e fiéis presentes na basílica
de São Pedro, pedindo ajuda de todos para as missões.
No Ano Santo de 1925, abriu, no Vaticano, uma exposição missionária
mundial. Sempre em 1925, publicou uma encíclica, a Rerum Ecclesiae
sobre a missão. No mesmo ano, consagrou os seis primeiros bispos chineses
e, no dia 1.° de abril de 1926, instituiu o Dia Mundial das Missões
a ser celebrado em toda a Igreja no penúltimo domingo de outubro.
O dia das missões, que este ano celebramos em 20 de outubro, deve
ser, em primeiro lugar, o grande dia da catolicidade, no qual o católico
pode e deve viver, de fato, este momento de universalidade da fé, superando
todos particularismos das próprias Igrejas, refletindo sobre o mandato
de Cristo de ir ao mundo inteiro.
O dia das missões é, em primeiro lugar, viver intensa, fraternalmente
e sem limitações de fronteiras, raças e culturas, a alegria
de sermos todos filhos de Deus, num verdadeiro universalismo de solidariedade
espiritual e humana.
O dia tem como conseqüência concreta a solidariedade com as Igrejas
mais carentes do mundo. Todos os países, até os mais pobres,
dão sua colaboração para este fundo de caridade que traduz,
de maneira concreta, a comunhão e a caridade. Todas as contribuições
confluem em um único fundo que é repartido conforme as necessidades
de cada Igreja pobre.
O Dia das Missões é, portanto, um olhar aberto sobre o mundo,
um abraço das Igrejas entre si, das mais ricas e antigas para as mais
pobres e novas, segundo o mandato de Cristo: "Ide pelo mundo inteiro
e pregai o Evangelho a todas as criaturas".
O dia 20 de outubro é o Dia Mundial de Missões. Nessa data,
somos chamados a refletir sobre nosso posicionamento missionário. Recebemos
a incumbência de continuar a obra de Jesus no mundo e, por isso, temos
a responsabilidade de desenvolver um ministério missiológico.
Precisamos repensar a nossa vocação missionária como
verdadeira Igreja, cuja função no mundo é a evangelização.
Como Igreja, devemos ter a consciência de que a principal razão
da nossa existência é adorar a Deus e fazer missões. O
mandamento do Senhor para nós é: “Ide, portanto, fazei
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as
coisas que vos tenho ordenado”. Essa é a ordem que recebemos
do Dele.
Comemoramos no terceiro domingo de outubro o Dia da Mispa – Missão
Priscila e Áquila – agência missionária de nossa
Igreja (IPRB). Nesse dia, devemos falar nas igrejas locais sobre a Mispa e
o trabalho que desenvolve com muita competência no Brasil e no exterior.
Como podemos ter uma atuação autêntica na obra missionária?
Envolvendo a igreja em missões, orando pelos missionários, levando
missionários à igreja, regularmente, para que falem sobre seu
trabalho, contribuindo financeiramente, sendo fiéis nos 3% que a Igreja
deve remeter mensalmente à Mispa... Podemos adotar um campo ou missionário,
mandando-lhe mensalmente uma oferta, escrever para os missionários
com regularidade, enviando-lhes jornais, revistas, cartas, fotos, boletins,
e-mails, CDs, DVDs, etc. Interessante também é programar cultos
de missões, conferências missionárias, abertura de novas
congregações e, se possível, separar uma porcentagem
do que ganhamos ou da arrecadação mensal da igreja para missões.
Essas são algumas formas que podemos utilizar para fazer missões.
Bom é orar, mas não nos esqueçamos de que os campos também
têm suas grandes necessidades materiais. Retaguarda é sustentar
as cordas. É cumprir plenamente o mandamento do Senhor! Você
tem sido um missionário? “Cada coração com Cristo
é um missionário e cada coração sem Cristo é
um campo missionário”! Você é missionário
ou campo missionário?
Florêncio Moreira de Ataídes / Fonte: www.iprb.org.br
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