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Pastoral da Juventude

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14 setembro 2011

Dia da Cruz - 14/Setembro

       Não se sabe quando a primeira cruz foi feita; depois dos círculos, as cruzes são um dos primeiros símbolos desenhados por crianças de todas as culturas. Algumas das imagens mais antigas de cruzes foram encontradas nas estepes da Ásia Central e algumas em Altai. A cruz na velha religião altaica chamada Tengriismo simboliza o deus Tengri; ela não era uma cruz alongada, lembrava mais um sinal de adição (+).
      Os primeiros livros cristãos da Armênia e da Síria traziam evidências de que a cruz se originou com povos nômades do leste, possivelmente uma referência aos primeiros povos turcos. Em velhos templos armênios, algumas influências de estilo turco são encontradas nas cruzes.

      Do mais degradante instrumento de tortura, a cruz se transformou em objeto de culto de uma grande parcela da humanidade, porque em uma cruz foi pregado um judeu que o povo acredita ser o filho de Yavé, deus dos hebreus.

Cruz, do latim cruce, significa, segundo Aurélio, "Antigo instrumento de

suplício, constituído por dois madeiros, um atravessado no outro, em que se amarravam ou pregavam os condenados à morte".

Segundo lemos no Velho Testamento, os hebreu tinham um costume de pendurar em pau um executado considerado muito infame (Deuteronômio, 21: 22, 23). Mas eram os romanos que pregavam em uma cruz, após outros tipos de humilhações e torturas, as pessoas que contrariassem a ordem estabelecida por Roma.

Por volta do sétimo século antes do início da era cristã, um profeta havia dito que em Belém nasceria um indivíduo ungido por Yavé, que destronaria a Assíria e assumiria um domínio mundial.

Apesar de não se ter cumprido a predição, os judeus continuaram esperando que um dia esse "messias" ("ungido") um dia iria existir e dar o mundo aos adoradores de Yavé.

Nos dias do império Romano, cerca de sete séculos após os dias em que segundo o profeta deveria surgir o messias, apareceram alguns dizendo-se o messias, e os romanos os executaram.

Entre os que tentaram libertar os hebreus dos romanos estava Yeshua (grego Iesus, Latim Iesus, português Jesus). Segundo relatou um de seus próprios seguidores, ele entrou em Jerusalém disposto a reunir gente para libertar seu povo, o que não deu certo.

Nos dias do Império Medo-Persa, um dos profetas hebreus havia dito:

Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que vem a ti o teu rei; ele é justo e traz a salvação; ele é humilde e vem montado sobre um jumento, sobre um jumentinho, filho de jumenta. De Efraim exterminarei os carros, e de Jerusalém os cavalos, e o arco de guerra será destruído, e ele anunciará paz às nações; e o seu domínio se estenderá de mar a mar, e desde o Rio até as extremidades da terra... O Senhor dos exércitos os protegerá; e eles devorarão, e pisarão os fundibulários; também beberão o sangue deles como ao vinho; e encher-se-ão como bacias de sacrifício, como os cantos do altar” (Zacarias, 9: 9, 10, 15).

Conhecedor da profecia, Yeshua (Iesus em grego e latim, Jesus em português) procurou mostrar ao povo que seria ele o ungido predito por Zacarias:

Quando se aproximaram de Jerusalém, e chegaram a Betfagé, ao Monte das Oliveiras, enviou Jesus dois discípulos, dizendo-lhes: Ide à aldeia que está defronte de vós, e logo encontrareis uma jumenta presa, e um jumentinho com ela; desprendei-a, e trazei-mos. E, se alguém vos disser alguma coisa, respondei: O Senhor precisa deles; e logo os enviará. Ora, isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta: ‘Dizei à filha de Sião: Eis que aí te vem o teu Rei, manso e montado em um jumento, em um jumentinho, cria de animal de carga.’

Indo, pois, os discípulos e fazendo como Jesus lhes ordenara, trouxeram a jumenta e o jumentinho, e sobre eles puseram os seus mantos, e Jesus montou. E a maior parte da multidão estendeu os seus mantos pelo caminho; e outros cortavam ramos de árvores, e os espalhavam pelo caminho. E as multidões, tanto as que o precediam como as que o seguiam, clamavam, dizendo: Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!

Ao entrar ele em Jerusalém, agitou-se a cidade toda e perguntava: Quem é este? E as multidões respondiam: Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia.

Então Jesus entrou no templo, expulsou todos os que ali vendiam e compravam, e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas; e disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a fazeis covil de salteadores”
(Mateus, 21: 1-13).

Se for verdade que Jesus realmente agiu assim - há dúvida até se ele existiu -, como está no evangelho de Mateus, ele deve ter planejado uma revolta para libertação do seu povo, mas não obteve apoio suficiente para combater Roma, e os romanos deram fim à sua vida.

Executado Jesus, seus seguidores, adeptos da crença na ressurreição dos mortos, criaram a doutrina cristã, pregando que aquele executado se ressuscitara no terceiro dia e um dia retornaria vindo do céu para estabelecer um reino eterno. Posteriormente, quando o cristianismo dominou o mundo, a cruz passou, estranhamente, a ser objeto de culto e o símbolo do cristianismo. É por isso que no Brasil, país colonizado por católicos, há um dia da cruz.

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